quinta-feira, 3 de junho de 2010

Diamante

O diamante é um mineral incolor ou amarelo-pálido, embora também se possam encontrar diamantes com tonalidades de vermelho, rosa, verde, azul, negro e cor-de-laranja. Os diamantes de cores fortes são os mais procurados pela sua extrema beleza e raridade.

Este mineral apresenta um brilho muito característico (adamantino), um índice de refracção muito elevado (2,42) e uma forte capacidade de dispersão da luz. É a substância natural mais dura que se conhece, atingindo o grau 10 na escala de dureza de Mohs. Devido a esta característica, é muito utilizado em instrumentos de corte e perfuração.
Pode ser encontrado em jazigos primários, mas em geral encontra-se em depósitos de origem aluvionar. Os jazigos primários são constituídos por uma rocha peridotítica micácea denominada kimberlito ou lamproíto. As jazidas mais importantes situam-se na Austrália, Botswana, Canadá, África do Sul, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Congo, Gabão, Rússia, Angola, Gana e Brasil.
O diamante, polimorfo da grafite, é constituído por carbono puro. A unidade estrutural do diamante consiste em 8 átomos de carbono que se dispõem numa estrutura cristalina de simetria cúbica.
Cada átomo de carbono está ligado covalentemente a quatro outros átomos, situados nos vértices de um tetraedro. Isto significa que os electrões de valência (4) de cada átomo de carbono partilham ligações, não restando, por isso, nenhum livre para conduzir a corrente eléctrica. Por este motivo, o diamante é um mau condutor da electricidade, com excepção de alguns diamantes raros, do tipo IIB (contêm boro) - de tonalidades entre o cinzento e o azul - que são semicondutores.
A estrutura rígida resultante destas ligações covalentes - de carácter acentuadamente direccional - explicam a dureza do diamante que não consegue ser riscado por nenhum outro mineral a não ser pelo próprio diamante.



Referenciar documento

diamante. In Diciopédia. Porto : Porto Editora, 2007.