terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Estudo abre nova esperança

Cancro já não é sinónimo de infertilidade
Os jovens do sexo masculino que sofrem de doenças oncológicas podem tornar-se inférteis devido aos medicamentos. Contudo, uma nova e inovadora técnica baseada na recolha de células estaminais já constituiu uma solução para este problema. Um estudo do Laboratório de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto, permitiu concluir que, ao isolar células estaminais progenitoras antes da realização de quimioterapia, é possível manter estas células vivas e férteis, podendo o individuo vir a ser pai no futuro. “Por enquanto, já conseguimos dividir as células. Talvez daqui a dois anos possamos dizer que alcançámos a purificação total, conseguindo que estes adultos, que sofreram de doenças cancerígenas em crianças, possam ter filhos completamente saudáveis”, disse o especialista em medicina de reprodução, Mário de Sousa, durante o IV Ciclo de Conferências do Instituto Superior de Ciências da Saúde do Norte.



Fertilização para impedir doença genética

A fertilização in vitro é cada vez mais utilizada e associada à prevenção de transmissão de doenças de pais para filhos. Um dos casos que veio a público recentemente foi o de André Luiz Gonçalves, um brasileiro a quem diagnosticado uma doença genética incurável aos 30 anos, que já tinha vitimado mortalmente a mãe e o irmão. Depois de ter sido feito um transplante de fígado, um ano depois, o brasileiro prepara-se para ser pai. A esposa foi submetida a fertilização in vitro e os médicos apontam 98 por cento de certeza de que a menina não terá paramiloidose, o gene causador da síndrome que afectou a família. Caso tivessem optado por uma gravidez natural, as probabilidades seriam de 50 por cento.

Artigo retirado da revista "Maria"